A semana de 68 realizada entre os dias 28 a 30 Maio retratou mais uma vez em forma de protesto episódios acontecidos na época. A assistente social formada pela PUC MG, Gilse Cosenza, que fazia parte dos alunos da universidade Católica em pleno o golpe militar no ano de 1968 no auge da invasão de policiais militares às faculdades de todo o país e também no exterior. A liberdade de expressão foi um dos direitos que lhes foram tirados. Gilse Cosenza viveu na pele o que foi a ditadura militar, ela foi presa, torturada fisicamente e psicologicamente. A acusação que justificou sua prisão foram suas boas notas e seu interesse pela leitura. Mas antes de ser presa tentou fugir e passou por várias cidades do país e em cada lugar que ia adotava uma identidade diferente. O mais interessante foi a maneira com que os jovens se “adaptaram” com idéias originais, como por exemplo as reuniões que eram feitas à noite com luzes apagadas para não chamar a atenção da polícia e também a bolinhas de gude que os estudantes carregavam no bolso para derrubar cavalos da polícia em manifestações afim de dispersar a multidão.
Os protestos começaram a pipocar pelo país e a violência contra o populares que reivindicavam seus direitos arrancados pelo sistema. A democracia foi desfeita de um dia pro outro, o período foi marcado pelo fechamento extremado dos regimes constituídos. Tudo mudou não se podia falar sobre política, a censura passou a fazer parte do cotidiano os artistas reclamavam que tinham que mudar seus shows de acordo com a decisão dos responsáveis pelo corte de mensagens subversivas.
Todos os adeptos do comunismo eram perseguidos até as últimas conseqüências, muitos desapareceram, morreram ou foram exilados. Foi um momento de turbulência e de grandes mudanças principalmente culturais.
O Ato Institucional número 5, o famoso e tenebroso AI-5, foi a gota d’água para os que iam de encontro ao militarismo, este ato negava o direito de advogados aos presos e também vetou o recurso de liberdade concebido através do habbeas corpus e que tornou o golpe militar muito mais agressivo e favorável ao governo ditatorial.
As metáforas tiveram grande importância e utilidade para se propagar idéias que continham pensamentos comunistas.Gilse foi presa e torturada ,mas, não perdeu o bom humor e retratou de maneira fantástica e emocionante sua história durante os anos de luta contra o regime militar.
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