sexta-feira, 25 de abril de 2008

Comida di Buteco em BH


Há nove anos que acontece em Belo Horizonte o evento comida de buteco que reúne bares de todas as regiões da cidade para competirem qual o melhor tira gosto servido entre eles. O que não falta é criatividade. No bar do caixote por exemplo o prato servido é o "Segredo do caixote" feito de frango empanado com queijo minas, e bacon vem acompanhado de dois molhos e torresmo. Este ano o evento começou em onze de Abril.
O sabor do prato, o atendimento, a qualidade e a temperatura da cerveja são itens avaliados pelos frequentadores dos diversos bares inscritos no evento. No ano passado(2007) foram mais de 130 mil votos. Pode se citar outros participantes como: Amigos e antigos, Armazém do Árabe, Bar da Ana, Bar da Cida e vários outros concorrentes entre si.
Nos dias 17 e 18 de Maio acontece a Saideira, que é a festa de encerramento e esse ano conta com shows de Vander Lee, Trio Mocotó a Velha guarda da portela dentre outros. A cada ano aumenta o número de pessoas que comparecem tanto na festa de lançamento quanto de encerramento.
O telefone do bar do Caixote, 3376-3010 e se localiza,rua Engenho Nogueira, 189, bairro João Pinheiro. O lugar é interessante porque no lugar de cadeiras os "butequeiros" se acomodam em caixotes, o que atrae a curiosidade de muitos.

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segunda-feira, 7 de abril de 2008

Entrevista com Domingos Meireles

A academia brasileira de letras recebe o autor e escritor Domingos Meireles que conta um pouco de sua trajetória profissional . Em sua apresentação em Belo Horizonte para vários estudantes conta que começou sua vida no jornalismo primeiramente trabalhando no jornal A última hora , no qual estagiou por um tempo mesmo sem ter cursado superior . Afirma ter escolhido este veículo de comunicação pela resistência ao golpe militar de 64. Foi este o único jornal a ser invadido em 1964 pelos miltares que quebraram toda a parte gráfica e outros equipamentos. Para ele o jornal A última hora simbolicamente servia de abrigo e acolhida aos que defendiam o estado de direito . Todo o restante da imprensa aderiu ao golpe .
Segundo Meireles naquela época ocorreram muitas injustiças como por exemplo a afastamento de professores , cassação de políticos e funcionários públicos e estes fatos o incomodaram quanto cidadão. "Era um rosário de violência e agressão ". A passagem pelo "A última hora " desenvolveu seu caráter como pessoa e cidadão .
Na opinião de Domingos Meireles ao contrário do que é pregado , o jornalista ter posicionamento quanto aos fatos porém sem distorcê-los . É importante ter visão : O que acontece ? Por que acontece ? E registar os fatos .
O autor e jornalista já trabalhou no Estadão , no jornal O globo e na rede Globo onde permanece até hoje como apresentador . Se envolveu na literatura historiográfica em 1974 quando foi ao Piauí à trabalho enviado pelo Estadão . O interesse pela história surge quando começa a questionar que a historiografia esconde episódios e privilegia outros .
Com relação a informação , Meireles deixa bem claro a falta de interesse dos brasileiros pelo hábito da leitura , quando diz que existe preguiça por parte das pessoas . O seu ponto de vista é que "não é a situação econômica que vai tornar um cidadão leitor ou não . Estamos em país de não leitores e isso é pior do que a dengue ."
Finaliza sua entrevista com algumas observações . Como por exemplo : que o conhecimento deve circular de maneira vertical e é contra ao monopólio da informação . E que "O jornal é um registro historiográfico . O jornal é um documento ."